sábado, 4 de dezembro de 2010

SEM MEDO DA VERDADE

O site de denúncias WikiLeaks e seu fundador, o jornalista Julian Assange, acabam de comprar um "barulho" daqueles. Ao divulgarem documentos secretos trocados entre governos, através de suas embaixadas, eles têm sofrido ataques de todos os lados. Embora se utilizem de técnicas não muito recomendáveis, pois usam de pirataria em computadores redefinindo o sentido de denúncia, reunindo segredos, armazenando-os fora do alcance dos governos e de outros determinados a recuperá-los, liberando-os em seguida de maneira imediata e global, eles estão sendo abandonados por seus próprios companheiros que veem como um comportamento errático e imperioso e uma grandiosidade quase delirante que ignora o fato de que os segredos que eles revelam podem ter um preço real. Como é comum neste meio, onde os governos fazem m.... e não aceitam que ninguém interceda nem as aponte, Assange está sendo investigado em conexão com acusações de estupro e abuso sexual envolvendo duas mulheres suecas. Ele nega as acusações, dizendo que as relações foram consentidas. Embora caracterize as afirmações como "uma campanha de difamação", o escândalo agravou as pressões de sua vida camuflada. Deixando quaisquer possíveis "desvios ou crimes" para a investigação da polícia e para o julgamento da Justiça, só nos resta torcer para que a verdade - principal elemento da boa prática jornalística - predomine e quem tenha cometido excessos seja punido e execrado pela opinião pública internacional.