sábado, 15 de maio de 2010

DA SÉRIE FUNDO DO BAÚ (EM QUISSAMÃ)

1- Semana passada, em conversa com o ex-vereador Carlinhos da Farmácia, da comunidade de Barra do Furado, lembrávamos passagens de quando trabalhávamos juntos na Câmara de Quissamã e da quase nostalgia reinante. Ele, como parlamentar e, eu, como assessor de comunicação daquela Casa e testemunha ocular (e auricular) de alguns desses momentos. Os anos eram 95 e 96. Não muito diferente dos de hoje, pelo menos em certos aspectos, a política estava intrínseca e inegavelmente ligada ao assistencialismo e provocava algumas situações no mínimo inusitadas. Certo dia, dizia Carlinhos, "ajudei a tanta gente que quando cheguei em casa a patroa estava às escuras pois a então Cerj tinha cortado a luz por falta de pagamento". Como se vê, os tempos beiravam quase ao amadorismo e alguns exerciam o mandato dessa maneira.

2- Uma noite, daqueles idos, uma pessoa adentrou ao plenário e, dirigindo-se ao vereador João Carlos, filho do "senador", pediu ajuda para voltar para o nordeste. Com a simplicidade que lhe é peculiar, o vereador disse-lhe que trouxesse o preço da passagem de uma empresa como a Viação Itapemirim, por exemplo. Esbravejando, o tal homem respondeu que gostaria de ir de avião pois sofria problemas de coluna.

3 - Já o vereador Levi, "o polêmico", um dia descobriu que alguns espertalhões, com a mesma conta de luz nas mãos, pediam "ajuda" a Deus e a todo mundo.

4- O mesmo acontecia com receitas de remédios, tijolos, cimento, etc.

5- E que os hipócritas não digam que hoje é bem diferente...