terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

COM AS DIGITAIS NO BOLSO

O Senado fez mais uma tentativa para melhorar sua imagem perante a opinião pública e, para tal, adotou o sistema de controle de presença de servidores por meio de ponto eletrônico. Como não poderia deixar de ser, no primeiro dia faltaram mesas e cadeiras para tanta gente. A Casa que, recentemente, não conseguiu afastar seu presidente, apesar dos cartões vermelhos, já planeja outra tática "para fazer justiça e prestigiar os servidores da instituição", entre elas o sistema biométrico - reconhecimento por impressão digital. Como estamos em ano eleitoral, onde grande parte dos senadores vai tentar a reeleição, começam a caça a fantasmas, às bruxas e, principalmente, ao voto e nada como mostrar a sociedade que para dar o exemplo deve-se cortar na própria carne. Quanto ao método de identificação, deve continuar prevalecendo o corporativismo e o cabide de empregos, tradicionais no Congresso e, na hora de colher os registros dos que interessam, alguns poderão até andar cheios de digitais no bolso para justificar a presença e o pagamento das horas-extras.