quarta-feira, 16 de setembro de 2009

REFORMA ELEITORAL AINDA CAPENGA

O Senado votou uma série de emendas que tratam da reforma eleitoral, já visando às eleições de 2010. Ver aqueles senhores discutindo o uso de outdoors, da internet, propaganda na TV, presença de candidatos em debates e outros,"tudo em nome da moralização do processo, da equidade e, principalmente, contra o abuso do poder econômico" me leva a pensar que aquela Casa é um convento de freiras e um lugar que reúne os maiores exemplos de como se ganhar uma eleição sem compra de voto, coação, toma-lá-dá-cá ou qualquer outro poder de convencimento, digamos, já tradicional, incorporado às regras do sistema. Não que não haja exceções, mas a visão que a população tem, hoje, da classe política é a pior possível, sem querer eximí-la (a população) de culpa. Enquanto prevalecerem a cultura do brasileiro em levar vantagem em tudo, lembrando a Lei de Gérson e os escritórios de advocacia acessíveis a quem puder contratá-los, qualquer mudança na Lei das Eleições ainda continuará frágil e submetida, no final, aos tribunais superiores.