segunda-feira, 4 de maio de 2009

CRESCIMENTO AVASSALADOR DO BOLSA FAMÍLIA

O Programa Bolsa Família, do governo federal, vem tomando proporções tão avassaladoras, (com ou sem trocadilho) a cada eleição, que já há uma preocupação constante quanto ao efeito político-eleitoral que pode causar. Estima-se que, em 2010, o benefício atinja um a cada três brasileiros uma vez que hoje chega, direta ou indiretamente, a 29% da população. Reconhecido como um assunto polêmico, pois seria suicídio propor seu fim, o que se exige das autoridades é a adoção de algumas medidas sérias que poderiam melhorá-lo e torná-lo mais transparente.
Um dos problemas surgidos com o programa é a acomodação das famílias que o recebem uma vez que não há prazo estabelecido para a suspensão do pagamento mensal. Isto cria uma dependência permanente das famílias carentes dos recursos do governo. A busca por políticas que estimulem as famílias a obter a independência financeira do programa, procurando trabalho e remuneração que lhes permitam sair do Bolsa Família, pode ser uma delas.
Não dá para desconhecer sua importância social e, mesmo com a recorrência dos casos de fraudes, municípios pobres têm no Bolsa Família sua maior fonte de renda e muitas famílias deixam a zona da miséria absoluta graças a ele. E é claro que o governo se beneficia do projeto e também é lógico que a simpatia conquistada a partir da saciedade da fome se transforma em votos. E é aí que mora seu maior perigo.