sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

OH, COITADA!

A brasileira Paula Oliveira, de 26 anos, que mentiu quando informou à polícia suíça ter sido atacada por três neonazistas e ter perdido filhos gêmeos dos quais afirmava estar grávida, parece que não vai se dar muito bem. Sarcasticamente, considero equivocadas e precipitadas as acusações contra ela, pois o mundo – e o MP da Suíça - tem que levar em consideração sua nacionalidade e possíveis desvios provocados pelos exemplos do nosso dia a dia. Acostumada ao que acontece por aqui, a advogada pode ter se espelhado, por exemplo, em (alguns?) políticos e empresários brasileiros que a todo momento mentem e, quando precisam, até são capazes de se autoflagelar. Muitos destes, com a certeza da impunidade, são recompensados nas urnas e nas benevolentes contas em bancos ou investimentos Querer crucificar a pobre moça, cujo pecado maior foi “brincar” de “fazer de conta” e negar que já não é mais nenhuma criança, pode ser um pouco exagerado. Se a Suíça, um país admirável pelo povo que tem e no aspecto de proporcionar qualidade de vida à população, quer dar exemplo de correção que comece negando a corruptos o acesso ao seu paraíso fiscal.